domingo, 16 de dezembro de 2012

UMA VANGUARDA TRADICIONALISTA

Uma esperança na Igreja Católica pós CVII.
Tradução e link : Fratres in Unum.com

Desde o Concílio Vaticano II, em 1962, a Igreja Católica Romana se esforçou em se adaptar ao mundo moderno. Mas no Ocidente – onde muitos esperavam que uma mensagem contemporânea caísse melhor – os fiéis abandonaram a Igreja em massa. A assistência das missas dominicais na Inglaterra e País de Gales caiu para a metade dos 1,8 milhões registrados em 1960; a idade média dos paroquianos subiu dos 37, em 1980, para os 52 anos atualmente. Nos Estados Unidos, a assistência caiu mais de um terço desde 1960. Menos de 5% dos católicos franceses assistem à missa regularmente, e na Itália são apenas 15%. Contudo, enquanto a corrente principal agoniza, os tradicionalistas crescem.

Pegue a Missa em Latim, trocada pelo Vaticano em 1962 por liturgias em línguas vernáculas. Em sua forma mais tradicional, o padre consagra o pão e o vinho com sussurros de costas para o povo: anátema para aqueles que pensam que a abertura é o espírito da época. Mas o Padre John Zuhlsdorf, um padre blogueiro americano, afirma que ela desafia os fiéis, ao contrário do confortável liberalismo das liturgias ordinárias.

“Não é só uma reunião escolar”, diz ele.
Outros compartilham do seu entusiasmo. A Latin Mass Society da Inglaterra e País de Gales, iniciada em 1965, agora tem mais de 5 mil membros. O número de missas em latim semanais subiu de 26, em 2007, para atuais 157. Nos Estados Unidos subiu de 60, em 1991, para 420. No Oratório de Brompton, um dos points do tradicionalismo de Londres, 440 pessoas se reúnem para a missa em latim dominical. O número é duas vezes maior do que o das principais igrejas da Inglaterra. As mulheres usam véus. Homens vestem tweed.
Mas este não é um lugar careta: os fiéis são jovens e internacionais. Como os cristãos evangélicos, o catolicismo tradicional está atraindo pessoas que sequer tinham nascido na época em que o Vaticano II tentou rejuvenescer a igreja. Os grupos tradicionalistas têm membros em 34 países, incluindo Hong Kong, África do Sul e Bielorússia. Juventutem, um movimento para jovens católicos que gostam dos velhos costumes, ostenta grupos de ativistas em dezenas de países. Os tradicionalistas usam blogs, websites e redes sociais para difundir a palavra – e para destacar dioceses e administradores de igrejas recalcitrantes e liberais, que por muito tempo viram os “latinistas” como uma minoria auto-complacente, anacrônica e afetada. Na Colômbia, 500 pessoas que queriam a missa tradicional tiveram que usar um salão (posteriormente eles encontraram uma igreja).

Uma grande guinada veio em 2007, quando o Papa Bento XVI formalmente endossou o uso do antigo rito da missa em latim. Até então, uma inclinação para a liturgia tradicional poderia arruinar a carreira de um padre. A causa também recebeu novo vigor do Ordinariato, um agrupamento patrocinado pelo Vaticano para ex-anglicanos. Dúzias de padres anglicanos “cruzaram o Tibre” da ultra ritualista “smells and bells” [ndr: “cheiros e sinos”, tradução literal] ala da “alta igreja” anglicana; eles encontraram uma pronta acolhida entre os católicos romanos tradicionalistas.

O retorno do rito antigo causa uma consternação silenciosa entre os católicos mais modernos. Timothy Radcliffe, outrora superior dos dominicais da Inglaterra, vê nisso “uma espécie de nostalgia de ‘Memórias de Brideshead’”. O renascimento tradicionalista, acredita ele, é uma reação contra o “liberalismo da moda” de sua geração. Algumas oscilações no pêndulo podem ser inevitáveis. Mas para uma igreja nos países do ocidente assaltada por escândalos e declínios, o surgimento de uma vanguarda tradicionalista é preocupante. Trata-se meramente de um afloramento de excentricidade, ou de um sinal de que a igreja tomou um caminho errado há 50 anos?


MARIA SEMPRE!


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Convite: Missa Tridentina na solenidade da Imaculada Conceição

Aos amigos de Montes Claros-MG, Santa Missa Tridentina, numa ocasião especialíssima, além de ser solenidade da Imaculada Conceição, será também Jubileu de Ouro de Ordenação Presbiterial (50 anos) do jesuita, querido Pe. Henrique Munaiz, sacerdote muito piedoso que celebrou sua primeira Missa, no rito antigo, em 09/12/1962 e está voltando a celebrar novamente neste rito graças ao Motu Proprio Summorum Pontificum.


Cheguemos mais cedo pois deve começar pontualmente.
Virgem Santíssima, rogai por nós!

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

ENTREVISTA COM O LEITOR FELIPE

"Não tinha ideia da grandeza e profundidade
 do rito extraordinário da Santa Missa"

Blog: Fale um pouco sobre o senhor, prezado Felipe.

Felipe: Sou, pela graça de Deus, um jovem católico, hoje decidido pela única Igreja de Cristo e totalmente confiante na proteção e auxilio de Nossa Senhora. Nasci em 1991 e desde muito cedo me senti atraído pela vida sacerdotal, apesar de minha mãe frequentar o protestantismo. O clima em minha casa era de total indiferença para com a Igreja Católica e, até mesmo, de propensão à supertição e a leviandade. Agradeço a Deus por, apesar de estar em uma família desventurada, haver me protegido de toda uma atmosfera de aceitação de princípios, inclusive, espíritas, e de uma evidente desestrutura moral. Para se ter uma ideia só pude ser batizado aos 14 anos de idade e por iniciativa pessoal, uma vez que a fé católica não tinha valor aos olhos daqueles que conviviam comigo.

Blog: Como o senhor conheceu a Tradição?

Devoção particular do entrevistado
Felipe: Hoje sou seminarista e, durante a formação, mantive contato com um membro da SSVM a qual aprendi a respeitar por sua seriedade e dedicação. Antes eu não tinha conhecimento de toda a riqueza da Tradição. Não tinha ideia da grandeza e profundidade do rito extraordinário da Santa Missa, conhecido como de São Pio V. Desconhecia tantos pontos da doutrina hoje desprezados por padres modernistas e que incutiam em nós a heresia e o relativismo. Conhecer a Tradição através da SSVM, seus blog e boletins, abriu diante de meus olhos um universo outrora desconhecido e pelo qual quero dedicar meus esforços e minha vida.

Blog: Como o senhor analisa a situação atual da Igreja?

Felipe: Para eu responder essa questão que a meu ver poderia gerar páginas e páginas, iniciarei com uma frase belíssima de São Pio X: “Quem segue a Tradição nunca erra. Os verdadeiros católicos, são aqueles que seguem a Tradição”, disse um dia São Pio X.
São Pio X
Bem, como vimos, infelizmente, podemos classificar atualmente católicos verdadeiros e pseudo-católicos. A heresia modernista tão condenada por São Pio X foi exaltada e posta no altar que antes era de Nosso Senhor.

Hoje a “leprosidade” do relativismo corroeu de tal forma a Igreja de Cristo que já quase não sabemos como separar o joio do trigo. Muitos de nossos sacerdotes se venderam aos vícios, nossos seminários já perderam a identidade e tudo em nome de uma abertura que nunca ocorreu corretamente.

As virtudes católicas (tão exaltadas em um passado) já foram taxadas como “bregas”, nossos fieis já não possuem convicção no que creem e em quem creem. A cada dia surgem novas seitas protestantes, e novas heresias que brotam do próprio seio da Igreja, pois as pessoas começaram a achar que podem falar de seus “achismos” e apresentá-los como dogmas.

O que nos resta é rezar, e pedir a doce proteção de Maria Santíssima para que se cumpra as promessas de seu Filho: “As portas do inferno não prevalecerão”. E depositar nossa confiança em que surjam novos “cruzados” para defender, propagar e ensinar a verdade.



Maria Sempre!

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

PEREGRINOS DE CRISTO REI


Por João S. de O. Junior

Nos dias 09 e 10 de novembro, tive a oportunidade de estar na cidade do Rio de Janeiro para representar a Sociedade da Santíssima Virgem Maria (SSVM) de Montes Claros-MG na II Peregrinação Nacional ao Cristo Redentor. Embora os contratempos da chuva, o que impediu muitos peregrinos de comparecerem, foi uma experiência fantástica por todos os amigos católicos que puderam se conhecer, marchar, rezar, trocar experiências e relatos das lutas nos Apostolados, principalmente no que se refere à implantação da Santa Missa Tridentina em suas respectivas cidades.

Embora não fizesse parte do roteiro da Peregrinação, pude na sexta feira conhecer alguns locais do centro do Rio, principalmente suas belas Igrejas, ainda do tempo imperial. O que me fez perceber este lado, não divulgado, que é a religiosidade do carioca, sobretudo do brasileiro, que mesmo nestes tempos difíceis de crise, tem uma fé enraizada graças ao seu passado, tão devoto e piedoso, o que é refletido nos templos mais antigos das cidades.

Agradeço a todos os organizadores e participantes do evento que pude conhecer e ouvir pessoalmente, mas principalmente, aos voluntários do Instituto Plínio Correa de Oliveira – IPCO da sede no Rio que me acolheram calorosamente e muito atenciosamente nestes dois dias. Que a Virgem Santíssima os compensem por toda hospitalidade! 

Abaixo seguem a carta de agradecimentos da Coordenação postada no blog A vida Sacerdotal.

Início com Santa Missa Tridentina
 com pe. José Edilson de Lima  - Alto da Boa Vista


Encerramento com Benção do Santíssimo,
Mons. Sérgio Couto - Capela do Cristo Redentor.

II Peregrinação Nacional ao Cristo Redentor
DOMINGO, 11 DE NOVEMBRO DE 2012



Mesmo sob chuva e outras dificuldades que não eram esperadas pelos organizadores, a Associação Peregrinos de Cristo Rei realizou, juntamente com a Arquidiocese do Rio de Janeiro, a Administração Apostólica São João Maria Vianney, o blog Salvem a Liturgia e o Instituto Plínio Corrêa de Oliveira, a II Peregrinação Nacional ao Cristo Redentor. Jovens e casais de Recife, Betim, Belo Horizonte, São Paulo, Bom Jesus de Itabapoana e outras cidades se fizeram presentes.


Sem unirmos as forças de diversos grupos, mesmo diante das adversidades e pequenas divergências, não poderemos enfrentar as dificuldades que se nos impõem. O ano da Fé nos exige esforços de coalizão para podermos levar aos fiéis o que há de mais belo na Fé Católica: A Santa Missa! Poucos fiéis conhecem a Missa Romana na sua forma extraordinária, e é nosso dever levá-los a conhecer tal tesouro que a Igreja nos dá e que forjou tantos santos ao longo da história.

A Peregrinação iniciou-se modestamente com um twitter no ano passado, com o apoio dos blogs A VIDA SACERDOTAL, SALVEM A LITURGIA e FRATRES IN UNUM. Depois desta primeira peregrinação, tantas outras surgiram. É necessário vencermos as diferenças e mantermo-nos firmes em ânimo de coalizão.



A Associação Peregrinos de Cristo Rei agradece imensamente ao Exmo. sr. Arcebispo Dom Orani João Tempesta, aos sacerdotes Mons. Sérgio Costa Couto, Mons. José de Matos e ao Pe. José Edilson de Lima pelo apoio e direção espiritual. Ao IPCO que, mais uma vez, no silêncio dos humildes, dispôs de tempo, casa, carro e o que mais fosse necessário para que tudo transcorresse bem. Aos blogs A Vida Sacerdotal, Sentinela Católico, Salvem a Liturgia e Fratres in Unum pela divulgação e apoio.



Por fim, reiteramos nossa disposição de trabalhar sempre em coalizão, o que nos fará mais fortes, em vez de perdermos tempo discutindo qual janela é mais bela quando o que precisamos é impedir que a casa caia no precipício.



Mais uma vez, obrigado a todos!



In CHRISTO,



Henrique Cunha de Lima



Presidente da Associação Peregrinos de Cristo Rei

Link: http://www.avidasacerdotal.com/2012/11/ii-peregrinacao-nacional-ao-cristo.html



domingo, 11 de novembro de 2012

A VIRGEM DE FÁTIMA, A MAÇONARIA E O CONCÍLIO VATICANO II

Dom Manoel Pestana Filho (1928-2011)
 Prof. Pedro M. da Cruz

No dia 7 de maio de 2010, Dom Manoel Pestana Filho discursou no “The Fatima Challenge Conference”, Roma, onde fez interessantes comentários a respeito de temas da atualidade. Apresentaremos a seguir para informação de nossos leitores alguns trechos de seu discurso que têm causado muitos comentários:

Excelências, irmãos padres, religiosos e religiosas,

“Algo que me parece sempre incerto é a questão do Concílio Vaticano II. Na última sessão, da qual participei, uma comissão foi até a Irmã Lucia, em Coimbra, e eu lhe encaminhei uma pergunta por escrito. Minha pergunta foi a seguinte: o terceiro segredo de Fátima tem alguma relação com o Concílio Vaticano II? A Irmã Lucia respondeu — não a mim, mas a um padre que fora com a comissão — “não estou autorizada a responder esta pergunta”. Isso é muito interessante. [...] é um sinal de alguma reserva no terceiro segredo e esta reserva tinha alguma relação com o Concílio Vaticano II.

Estudo sobre perseguição à Igreja
Mas, como reversas com o Concílio Vaticano II? Estudei aqui em Roma, estudei Teologia, e isso me impressionava muito[...]. E uma coisa interessante para mim era entender esta razão. E nesse meio tempo, soube que o Santo Padre Pio XI desejava reabrir o Concílio do Vaticano. O Cardeal Billot o advertiu: “Santidade, me parece que isso é um perigo, porque estamos no tempo dos modernistas e esses modernistas criaram muita confusão na Igreja. Se o concílio for aberto agora, todos estarão em condição de participar, porque muitos também eram hierarcas da Igreja e creio que isso seria uma magnífica confusão entre os teólogos, sacerdotes, religiosos e até o povo, porque todas estas questões que já haviam sido esclarecidas e algumas condenadas pela Igreja desde Pio X e também um pouco por Bento XV, estas questões estariam livres para discussão e creio que não seria bom para a comunicação e para a opinião católica”. Soube que o Papa levou em consideração o que havia dito o Cardeal Billot – o Cardeal Billot foi retirado do cardinalato alguns anos depois, mas esta é outra questão – mas o Papa teria dito sim, [o Cardeal] tem razão.”

“Mas retornemos. Seria possível que Nossa Senhora tivesse dito que não era de seu gosto, que não lhe agradava uma realização do Concílio? Eu não sei, mas se pode pensar. Com isso eu não quero dizer que o Concílio Vaticano não seja legítimo… e não seja também uma benção para a Igreja.

Não sei se vocês conhecem este livro de Brunero Gherardini, Concilio Vaticano II – Un discorso da fare – publicado pelos Franciscanos da Imaculada, aquela congregação fundada pelo padre Manelli, que é interessantíssimo… terrível este livro… mas mantém uma posição muito justa, muito bem fundamentada. Ele diz que no Concílio foram ditas muitas coisas que não são boas. Um comentarista francês dizia que era necessário distinguir aquilo que foi dito no Concílio, e foram ditas tantas coisas tolas, por exemplo, quando se discutia – e com todo respeito – a maternidade divina de Maria e também Maria mãe da Igreja; um bispo mexicano, Méndez Arceo, provocou risos, muitos risos, quando disse: “isso não me agrada, pois, se Maria é mãe da Igreja, e se a Igreja é nossa mãe, Maria não será nossa mãe, mas nossa avó”. Uma piada fora de lugar, mas, em suma, tudo era possível, e era uma Excelência que falava. E outras coisas que foram ditas; evidentemente, num ambiente de discussão, pode-se dizer tanta coisa tola [...] o delito que o homem usa e abusa de dizer o que pensa. Portanto, é necessário compreendê-lo.”

“Mas é ainda mais interessante que muitos daqueles que foram condenados por Pio XII – De Lubac, De Le Blond, Danielou, Congar, etc – eram homens do dia, atuais, durante o Concílio.”

“Mas, verdadeiramente, eu soube de uma coisa interessante: um professor da Universidade Gregoriana, que fora responsável pela comissão para os textos preliminares para o Concílio – Padre Tromp – um teólogo magnífico [...] eu perguntei como ele avaliava esta situação e ele me respondeu o seguinte: o Concílio foi um concílio bastante difícil, muito difícil, tanta energia desperdiçada, mas, em suma, uma coisa que se deve dizer é que o Concílio Vaticano II, com todas estas discussões, declarações, documentos, etc, etc, é também a indicação dada por João XXIII de ser um concílio pastoral. Até hoje não se compreende bem este sentido, sentido bem profundo de concílio pastoral. Mas sabemos que não era um concílio de definições, que terminava assim: “todos que disserem o contrário sejam anátemas, etc, etc,” como era praxe. Mas era um concílio que tratava questões católicas, religiosas e mesmo questões não religiosas, mas não concluía mais como os outros concílios, com condenações, excomunhões. Não era um concílio dogmático.”

“[...] João XXIII, vocês sabem disso, se amedrontou e disse: “sim sim, faremos um Concílio pastoral” Não há Constituições Dogmáticas num Concílio Pastoral. Faremos um Concílio para discutir as questões do momento, e não as questões de sempre, e dar a resposta convencida pela prudência e sabedoria evangélica.

O estudo feito por Gherardini considera todas essas questões e diz claramente: o Concílio é uma grande graça para o mundo, e também é este concílio, tantas coisas são ditas, mas não há nenhum peso dogmático. [...] Há coisas que podemos chamar de incertas… até alguns teólogos depois do Concílio Vaticano II disseram que a linguagem da teologia de hoje é uma linguagem de incertezas, não há nenhuma certeza em suas declarações.”

Nossa Senhora de Fátima (1917)
“[...] Dentro do Concílio Vaticano II, não nas reuniões, foram feitos acordos com os representantes da Rússia para que não se falasse do comunismo, não se falasse de Rússia. Mas isso é o contrário da mensagem de Fátima. O centro da mensagem [...] era a Rússia, da qual virão grandes males para a Igreja e para o mundo. Mas fizeram um acordo. Ah sim! Porque havia bispos ortodoxos [para participar do Concílio]. E nós sabemos hoje que muitos bispos não só na Rússia, mas na Polônia e outros lugares, para não terem obstáculos da parte do governo comunista, faziam vistas grossas a certas coisas. Por exemplo: nós sabemos que este escândalo ocorreu na Polônia de um arcebispo que fora nomeado e que no momento de tomar posse da diocese ele simplesmente disse: “não, não posso tomar posse, porque encontraram um documento assinado por mim que me permitia sair da Polônia para estudar em Roma com a condição de colaborar com o governo sobre as coisas da Igreja que lhe interessavam.”. Este é o problema. [...] O arcebispo de Kiev, que era um homem que se aproximou muito de João Paulo I, na última audiência, morreu lá diante do Papa. Ele não era ninguém menos que um chefe da KGB e era arcebispo de Kiev. Coronel da KGB. [...] É um trabalho de muito tempo de infiltração na Igreja Católica [...]



Símbolo da Maçonaria
“Por outro lado, por exemplo, nós sabemos da influência da maçonaria no último Concílio não foi pouca, porque o próprio Monsenhor encarregado da liturgia – Bugnini – tinha escrito uma carta ao chefe da maçonaria italiana, dizendo que pela liturgia havia feito tudo que era possível; tudo aquilo, segundo recebeu instruções, mais não poderia ser feito. [...] Um padre polonês que encontrou este ofício o levou imediatamente a Paulo VI, que o mandou para fora de Roma, na nunciatura no Irã. Até Monsenhor Benelli, que era o braço direito do Papa, também foi retirado de Roma e estranhamente ambos morreram pouco depois em circunstâncias misteriosas. Dizíamos que era uma queima de arquivo. Entendem, não?”

“Creio que poderia dizer – digo como uma palavra minha — e suspeitar que o Concílio Vaticano II está relacionado [...] com o terceiro segredo de Fátima [...]”


Maria Santíssima, rogai por nós!


Os que quiserem ler o discurso publicado na íntegra poderão consultar o seguinte link: http://fratresinunum.com/2010/05/24/roma-discurso-de-dom-manoel-pestana-filho-bispo-emerito-de-anapolis-em-conferencia-sobre-fatima/

sábado, 3 de novembro de 2012

Boletins Pugna - Santa Missa - Tão sublime!!! Tão desprezada!!!


É lamentável que alguns (não poucos) católicos desconheçam a divina excelência do Santo Sacrifício. Todavia, um Boletim é muito pouco para tratarmos de mistério tão sublime como esse. Ousaremos, contudo, nos limitar, nesta edição, à explicação incipiente de sua natureza (ou sobrenatureza), lançando mão de citações sobre o assunto e ressaltando as graças inestimáveis que podemos nutrir com a sua reverência. Então, o que é a Santa Missa?



Antes, digamos o que ela não é ou não deveria ser:


1 - A Santa Missa não é um “show”. O padre, no momento da celebração, não é um “astro”, apresentador de TV, cantor, ator ou palhaço de circo. A propósito, durante a Consagração, o sacerdote, independente de quem ele seja, atua “in persona Christi Capitis”, isto é, representando a pessoa do Cristo (1). Ali, o presbitério não deve ser usado como palco, palanque ou picadeiro. Afinal, “o altar representa o Corpo de Cristo, e o Corpo de Cristo está sobre o altar” (2).

2- Não é um mero “encontro fraterno”, como “teólogos” modernistas ensinam. Se o fosse, qualquer encontro de boteco entre amigos poderia ser considerado “Missa”.

3 - Não é “Grupo de Oração”. O que deve ser lembrado a alguns iniciantes (ou mesmo veteranos) da RCC.

4- Não é um “culto” (protestantes ou de paróquias – mera celebração da Palavra). E, de fato, corrigindo a muitos pa-roquianos do Brasil afora, uma “Celebração da Palavra” não é e nem se equivale à Santa Missa. Não mesmo!

5 - Não é um “ritual de candomblé”, baile de dança, festival de coreografia ou qualquer coisa sincrética e sacrílega que, infelizmente vemos acontecer pelo Brasil devido, muitas vezes, à omissão das autoridades eclesiásticas.


Então, o que é a Santa Missa?
(...)

Continue lendo aqui.



Prezados leitores, estamos divulgando e disponibilizando os boletins Pugna que a Sociedade da Santíssima Virgem - SSVM publica para conhecimento, defesa e propagação da fé. Visualise nossos boletins já publicados na pagina própria, cabeçalho superior deste blog, Boletins Pugna. Façamos apostolado, por amor a Cristo e sua Igreja!

Virgem Santíssima, rogai por nós!

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

SOBRE A "MISSA DE PAULO VI"

 S.S. Paulo VI
                                                         
Prof. Pedro Maria da Cruz

É conhecido por muitos um documento enviado ao papa Paulo VI no mesmo ano da promulgação do Novo Ordo (para alguns, “Missa de Paulo VI” ou “Missa Nova”). Referimo-nos à “Carta dos Cardeais Ottaviani e Bacci” (25 de setembro de 1969) onde se trata de pontos referentes à versão preliminar do que se pretendia para o Novo Rito da Santa Missa.

Comenta-se que, apesar de ter sido assinado por dois cardeais da Igreja, entre eles o Cardeal Alfredo Ottaviani (então Prefeito da atual Congregação para a Doutrina da Fé), Paulo VI nunca teria respondido a essa importante carta. Outros, por sua vez, supõem - mesmo que a meia boca - alguma manifestação do Pontífice...

É fato que posteriormente o Cardeal Ottaviani reclamou de certo uso indevido que alguns teriam feito de seus esforços:

“... De minha parte, eu lamento somente que se tenha abusado de meu nome em um sentido que eu não desejaria, pela publicação de uma carta que eu tinha dirigido ao Santo Padre sem autorizar ninguém a publicá-la.” (Cardeal Ottaviani, carta a Dom Lafondo, ordem dos cavaleiros de Notre-Dame – Notre Doctrinale sur lê Nouvel Ordo Missae – cf. La Croix, de 23 de março de 1970, confirmation; Documentation Catholique, 67, 1970, pág. 215-216 e 343)

Porém, o conteúdo do documento é interessantíssimo e já foi objeto de relações curiosas com outros textos por parte de respeitosos autores:


Ademais, a “Carta dos Cardeais Ottaviani e Bacci”, de fato, deixam algumas interrogações que podem muito bem nos animar na continuidade dos estudos que se referem à Reforma Litúrgica de Paulo VI.

Segue abaixo um link onde se poderá ver o Documento na íntegra a nível de curiosidade. Esperamos que todos os nossos amigos possam lê-lo com muita atenção.


 Paulo VI sucedeu ao Beato João XXIII,
 e encerrou o Concilio Vaticano II
      

CARTA DOS CARDEAIS OTTAVIANI E BACCI

Roma, 25 de setembro de 1969.

Santíssimo Padre,

Tendo cuidadosamente examinado e apresentado ao escrutínio de outros a Nova Ordenação da Missa preparada pelos especialistas do Comitê para a Implementação da Constituição da Sagrada Liturgia (Consilium ad exequendam Constitutionem de Sacra Liturgia), e após longa oração e reflexão, sentimo-nos obrigados perante Deus e Sua Santidade a apresentar as seguintes considerações:

1. O seguinte Estudo Crítico é o trabalho de um grupo seleto de bispos, teólogos, liturgistas e pastores de almas. A despeito de sua brevidade, o estudo demonstra de forma bastante clara que a Novus Ordo Missae – considerando-se os novos elementos amplamente suscetíveis a muitas interpretações diferentes que estão nela implícitos ou são tomados como certos -- representa, tanto em seu todo como nos detalhes, um surpreendente afastamento da teologia católica da Missa tal qual formulada na sessão 22 do Concílio de Trento. Os “cânones” do rito definitivamente fixado naquele tempo constituíam uma barreira intransponível contra qualquer tipo de heresia que pudesse atacar a integridade do Mistério.

2. As razões pastorais apresentadas para justificar uma ruptura tão grave, ainda que tais razões pudessem ser sustentadas em face das considerações doutrinárias, não parecem ser suficientes. As inovações na Novus Ordo e o fato de que tudo o que possui um valor perene encontra ali apenas um lugar secundário – se é que continua a existir – poderiam muito bem transformar em certeza as suspeitas, infelizmente já dominantes em muitos círculos, de que as verdades que sempre foram objeto de crença pelos cristãos podem ser alteradas ou ignoradas sem infidelidade ao sagrado depósito da doutrina ao qual a fé católica está para sempre ligada. As reformas recentes demonstraram amplamente que novas alterações na liturgia não podem ser efetuadas sem levar à completa confusão por parte dos fiéis, os quais já demonstram sinais de relutância e um indubitável afrouxamento da fé. Entre os melhores clérigos, o resultado é uma agonizante crise de consciência, da qual um sem número de exemplos chega a nós diariamente.

3. Estamos certos, instigados pelo que ouvimos da voz dos pastores e do rebanho, de que estas considerações encontrarão eco no coração de Sua Santidade, sempre tão profundamente solícito às necessidades espirituais dos filhos da Igreja. Os sujeitos a quem uma lei se dirige sempre tiveram o direito, mais do que isto, o dever, de pedir ao legislador que ab-rogue esta lei uma vez que ela prove ser danosa. Portanto, em um momento em que a pureza da fé e a unidade da Igreja sofrem cruéis lacerações e um perigo ainda maior, diária e dolorosamente ecoado nas palavras de nosso Pai comum, nós fervorosamente rogamos a Vossa Santidade para que não nos prive da possibilidade de continuarmos a ter acesso à integridade fecunda do Missale Romanun de São Pio V, tão louvado por Sua Santidade e tão profundamente amado e venerado por todo o mundo católico.

Card. A. Ottaviani, Card A. Bacci

Para conferir o restante do documento:

http://www.montfort.org.br/old/index.php?secao=cartas&subsecao=doutrina&artigo=20070303023113&lang=bra



Maria Santíssima, rogai por nós!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

QUEM É IMPORTANTE MESMO?

La Salette, Nossa Senhora em prantos.


Por João S. de O. Jr.

“Os chefes, os condutores do povo de Deus negligenciaram a oração e a penitência. E o demônio obscureceu suas inteligências." (Das Mensagens das aparições de Nossa Senhora de la Salette)

Presenciei uma situação estranha em certa Missa dominical da arquidiocese de Montes Claros-MG e gostaria de compartilhá-la com nossos leitores. Os nomes serão preservados, óbvio. Todavia, por incrível que pareça, todos concordarão que os fatos são corriqueiros a muitos fiéis católicos deste nosso Brasil, infelizmente.
Reportemo-nos ao fato: durante a Santa Missa, o pároco chama a atenção da assembléia e “denuncia” que muitos fiéis após comungarem vão rezar diante de uma imagem de Maria Santíssima, e, assim, segundo ele, o fariam num momento inoportuno, pois não estariam dando a devida atenção e importância a Jesus Cristo, nosso salvador... 

Imagem de Montes Claros-MG

Interessante que, além da implicância com uma piedade popular que em nada rebaixa a dignidade do Cristo, presente na Eucaristia, o sacerdote faz um julgamento subjetivo, pois, quem disse que ao se ajoelhar diante de uma imagem de Nossa Senhora o fiel estará se esquecendo de Nosso Senhor?
O mesmo padre, inclusive, dá esse recado num momento nada oportuno, antes da comunhão, fazendo quase que “outra homilia” após a oração eucarística. Quanta atenção a Nosso Senhor...
Curioso, ademais, é que vários atos que deveriam ser observados não só por aquele sacerdote como também por 99% dos padres que celebram a Santa Missa no Novus Ordus, não o são durante a sua:
  •      Não há orientação para os fiéis que recebem a sagrada comunhão na mão para que tomem cuidado afim de não ficarem partículas de hóstia consagrada nas mesmas sem consumi-las.
  •       Não se faz sequer cinco minutos de silêncio em ação de graças.
  •       Não há recado para que os fiéis desliguem o celular na Igreja ou mesmo evitem roupas imodestas.
  •       O Missal quase nunca é seguido, pois a “criatividade” se torna um adereço litúrgico...

E haveriam tantas coisas para citarmos...

Então, fica a pergunta, quem não está dando a devida atenção a Nosso Senhor?

É claro que ser fiel às rubricas na Liturgia não deve tornar-se uma mera questão estética, mas sim refletir em concomitância uma profunda piedade interior. Ser fiel aos preceitos da Igreja é também um modo de manifestar a crença na presença sacramental de Nosso Senhor e de não banalizar o que há de mais sagrado.

Rezemos por nossos sacerdotes. Começou o ano da Fé. Não é por acaso que o Papa Bento XVI o proclama, pois após estes 50 anos de Concilio Vaticano II a fé de muitos religiosos já não é mais a mesma.

Mãe do Bom Conselho, rogai por nós!

terça-feira, 9 de outubro de 2012

A ESPERTEZA DOS MAUS. VERGONHA!


Lobo à espera para o ataque...


Prof. Pedro Maria da Cruz

“O demônio se disfarça em anjo de luz”

Está ocorrendo no Brasil o Congresso Continental de Teologia, cujo término se dará no dia onze deste mês: iniciativa ousada dos “progressistas” em sua tentativa de reanimar obscuras teorias do passado, agora travestidas em “Anjos de luz”. Afinal, é próprio do mal fantasiar-se, enquanto dormem os vigias de Israel...

Acredite quem quiser, mas coube aos Jesuítas (Ordem fundada por Santo Inácio de Loyola - 1540), abrir as portas de sua universidade (Unisinos – São Leopoldo, RS) para receber os Gurus da “Nova Igreja”, (Queiruga, Jon Sobrino, Gustavo Gutiérrez, Leonardo Boff, João Batista Libânio, entre outros...), antigos mestres da Teologia da Libertação, tantas vezes criticada pela hierarquia católica. Porém, se nos assustou o fato de os Jesuítas haverem aceitado tal engodo, mais surpresos ainda ficaram outros com a divulgação do congresso realizada pelo departamento brasileiro da Rádio Vaticano.

Como se o Papa estivesse conivente com o erro.

Ora, estava claro que, se os mentores do congresso divulgaram o evento como uma forma de celebrar os cinqüenta anos da inauguração do Concilio Vaticano II e os quarenta anos do Livro de Gustavo Gutiérrez, “Teologia da Libertação. Perspectivas”, é porque buscavam formas de reorganizar seus trabalhos entorno de antigos objetivos, como sabemos, distantes do que prega a Tradição.

Para validar o que afirmamos, basta que se confira em certa entrevista realizada ha poucos dias, o que Jon Sobrino, um dos nomes mais esperados no congresso, deixou escapar como se o que transmitia fosse a perfeita expressão da ortodoxia católica: “Outro cristianismo é possível (...). Isso produziu alegria e esperança de que, como se diz hoje, não sei se com demasiada facilidade, outra Igreja, outra fé, outro cristianismo ‘é possível’(...)”. Na mesma linha de raciocínio, depois de haver citado pensadores reprovados pelo magistério, não deixou de taxá-los como “fontes de água viva até o dia de hoje”; e, por fim, convidou-nos a voltar-nos a elas como se as criticas da Igreja de nada valessem. Perguntado sobre as “perseguições” da Igreja à Teologia da Libertação, respondeu que as mesmas teriam ocorrido “(...) por ignorância, por medo de perder o poder ou por obstinação de não querer reconhecer a verdade com que se respondiam às críticas.”

Eis o espírito que anima o Congresso Continental... Apoiado pelos Jesuítas do Rio Grande do Sul...

Ademais, esse propósito de revigorar o que já havia sido reprovado pela Igreja estava bem debaixo do nariz daqueles que se colocaram a favor do Congresso. Basta conferirmos um ouro objetivo expresso pelos organizadores: “Contribuir para que a teologia latino-americana continue sendo instância retro alimentadora das comunidades eclesiais inseridas no mundo em perspectiva libertadora, frente aos novos desafios oriundos de um mundo pluralista e globalizado.”

Bom, não insistamos demais no que é evidente. Este é o fato: os promotores da Teologia da Libertação, ao contrário do que crêem os mais inocentes, continuam ativos em seus projetos; e se essa heresia, como dizem alguns, não é mais apresentada em nossos púlpitos (pelo menos claramente), não é isso devido ao fato de ela estar morta, mas simplesmente porque se travestiu de novos nomes e formas de atuação. Foi exatamente o que ficou subtendido em outro conferencista do mesmo congresso, o “teólogo” Jung Mo Sung. Para ele, a Teologia da Libertação apenas está em crise. “E só está em crise quem está vivo, quem já morreu não tem crise.”



Maria Santíssima, rogai por nós!



Referências:


http://www.unisinos.br/eventos/congresso-de-teologia/pt/o-congresso/apresentacao

http://www.unisinos.br/eventos/congresso-de-teologia/pt/component/content/article/4-vitrine/206-o-absoluto-e-deus-e-o-coabsoluto-sao-os-pobres-entrevista-especial-com-jon-sobrino

http://www.unisinos.br/eventos/congresso-de-teologia/pt/o-congresso/apresentacao

http://www.unisinos.br/eventos/congresso-de-teologia/pt/o-congresso/noticias/207-teologia-da-libertacao-e-a-experiencia-de-encontrar-deus-na-face-dos-pobres

terça-feira, 25 de setembro de 2012

A SUPOSTA ‘CARTA DO PAPA JOÃO PAULO II AOS JOVENS', o que realmente é, o que nunca foi e o que poderia ser.


Por João S. de O. Jr.

Não só no meio virtual, mas mesmo em meio a grupos de jovens de oração nas paróquias e comunidades, há uma ampla divulgação de uma famosa “Carta de João Paulo II aos jovens”. Acontece que é uma carta que nunca foi escrita pelo então pontífice da maneira que é apresentada. O Papa João Paulo II escreveu e assinou diversas cartas, documentos, encíclicas. Dentre essas, algumas muito boas como a “Veritatis Splendor”, a “Encíclica da Eucaristia” e a “Rosarium Virginis Mariae”, mas curioso é que essas cartas aos jovens de hoje, de ontem e de amanhã (de todos os fiéis) são oficiais e não são divulgadas com tanto entusiasmo pelos grupos como a falsa carta é. Tempos de crise...

A Verdadeira Carta de João Paulo II aos Jovens é o documento Carta Apostólica Dilecti Amici (aos amigos diletos), de 1985, por ocasião do ano internacional da Juventude. Inicia-se com a citação "Sempre pronto a dar razão da esperança a quem o solicite para você." O único trecho que de fato é igual à pseudo-carta é mínimo no documento verdadeiro bata uma leitura atenta: Confira tudo aqui.


Enfim, quero vos apresentar a famosa pseudo-carta e uma paródia de autoria deste também jovem leigo e esporádico autor que vos escreve em confronto com aquela. A paródia é uma visão da necessidade gritante que se observa para os jovens católicos da atualidade.

A pseudo-carta aos Jovens (sempre divulgada)

Precisamos de Santos sem véu ou batina.

Precisamos de Santos de calças jeans e tênis.

Precisamos de Santos que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os amigos.

Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar, mas que se "lascam" na faculdade.

Precisamos de Santos que tenham tempo todo dia para rezar e que saibam namorar na pureza e castidade, ou que consagrem sua castidade.

Precisamos de Santos modernos, Santos do século XXI com uma espiritualidade inserida em nosso tempo.

Precisamos de Santos comprometidos com os pobres e as necessárias mudanças sociais.

Precisamos de Santos que vivam no mundo se santifiquem no mundo, que não tenham medo de viver no mundo.

Precisamos de Santos que bebam Coca-Cola e comam hot dog, que usem jeans, que sejam internautas, que escutem disc man.

Precisamos de Santos que amem a Eucaristia e que não tenham vergonha de tomar um refri ou comer pizza no fim de semana com os amigos.

Precisamos de Santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de dança, de esporte.

Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros.

“Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos”



Sejamos Santos!
(falsamente atribuída como a Carta de João Paulo II)


Paródia (como a “carta” poderia ser para os jovens de hoje)


Santa Gemma Galgani

Precisamos de muitos Santos e Santas, que não tenham medo de usarem o santo véu ou porem sua batina.

Precisamos de Santos modestos, que buscam a beleza sem futilidade.

Precisamos de santos que conheçam um bom cinema católico, belas músicas clássicas, que tenham senso crítico para a mídia e que saibam fazer amigos para Cristo. Que não temem os inimigos deste mesmo Cristo.

Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar em tudo, sobretudo, na faculdade e que não larguem Aquele depois desta última.

Precisamos de Santos que rezem e saibam lembrar de Deus em qualquer hora do dia, e que estudem também a doutrina da Igreja. Santos que buscam sua vocação, seja matrimonial, seja celibatária, mas que seja por amor a Cristo.

Precisamos de Santos Tradicionais, Conservadores, de todos os tempos, de sempre. Que não se envergonhem de dois mil anos de história.

Precisamos de santos que saibam de política, mas que nunca afaste a caridade como ferramenta em tudo que fizer socialmente.

Precisamos de santos que estejam no mundo, mas que não sejam do mundo. Que não tenham medo de viver para Cristo neste mundo.

Precisamos de Santos que bebam cerveja moderadamente, que apreciem uma boa culinária e não tenham medo de vestir o social ou usarem a saia, que saibam mostrar a cortesia em sociedade. Que apreciem a cultura clássica e não tenham medo de serem chamados de cafonas por isso.

Precisamos de santos que amem o Santíssimo Sacramento com atos externos e internos.

Santos que sejam humildes o suficiente para sempre se confessarem quando preciso.

Precisamos de jovens que sejam santos, mas que busquem ser santos mesmo, pois, de mediocridade, o mundo já está cheio.

Sejamos Santos guerreiros nesta terra!


Beato Pier Giorgio Frassati

Mãe do Bom Conselho, rogai por nós!

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

PADRE QUEIRUGA: CENSURADO


Padre Andrés Torres Queiruga;
enfim, criticado pela Igreja!
                        Por Prof. Pedro Maria da Cruz


Escandalosamente aclamado por Bispos ¹


Estranhamente admirado pelo Padre Fábio de Melo ²


Compreensivamente ovacionado por Modernistas e Progressistas


Claramente Influenciado pelo espírito da maçonaria (Lessing, Hegel...)


Mas, Graças a Deus, criticado pelo Vaticano! Para alegria dos tradicionais...


É triste percebermos que a pesar da clara condenação por parte da Conferência Episcopal Espanhola a tantos pontos do ensinamento de Andrés Torres Queiruga, este autor continue ainda em voga entre seminaristas, padres e, inclusive, Bispos. O que é muito de se estranhar...

Olhando para um considerável número de dioceses pelo Brasil poderíamos afirmar com a grande Santa Catarina: “Digo-o chorando: hoje os pastores (...) não procuram corrigir. Enxergam o lobo infernal levando as ovelhas e fecham os olhos. Por isso não vêem, não corrigem” (Carta LXXXVIII, 4).

Poderíamos citar tantas barbaridades ensinadas pelo Padre Queiruga! Porém, refiramo-nos tão somente a alguns pontos contra os quais esse péssimo escritor encontra-se diametralmente oposto ao ensino da Tradição.

• Contra um seu ensinamento sobre o Inferno, afirma-nos a Santa Igreja:

“Se alguém disser que o medo do inferno — que nos leva a procurar refúgio na misericórdia divina, condoendo-nos dos pecados, e faz com que nos abstenhamos do pecado, — é pecado ou faz os pecadores piores — seja excomungado” (Concilio de Trento nº. 818. Cân. 9).

• Contra um seu ensinamento referente à Revelação Cristã, assim ela se posiciona:

“Se alguém disser que a divina revelação não pode tornar-se crível por manifestações externas, e que por isto os homens não devem ser movidos à fé senão exclusivamente pela interna experiência ou inspiração privada, seja anátema” (Concilio Vaticano I, 1812. Cân. 3).

• Contra outro ponto de seus ensinamentos que subestima o papel do Magistério da Igreja, assim afirma a Tradição:

O Divino Redentor não incumbiu que a autêntica interpretação deste depósito da Fé seja feita por cada um dos fiéis, e nem pelos próprios teólogos, mas somente pelo Magistério da Igreja” (DENZINGER, nº. 2314).

É, realmente, muito de se estranhar que um autor que negue a importância da materialidade da ressurreição tenha encontrado guarida nos meios católicos. A que estado chegamos! Quanta decadência!

Entre os muitos livros que escreveu (o pe. Queiruga) sobressai a obra “Repensar a Ressurreição”. O autor (Pe. Queiruga) defende a ressurreição de Jesus Cristo “em espírito”, sem a necessidade primária do “corpo”.(...) Karl Rahner também defendeu esta tese. Neste sentido, a ressurreição de Jesus Cristo seria um acontecimento histórico simbólico.” (Pe. Joaquim C. das Neves)

Mais estranho ainda é o fato de padres pop, como Fábio de Melo, por exemplo, mostrarem-se tão alinhados ao pensamento desse autor criticável.

“(...) quando eu fazia mestrado, o autor que eu estudei, André Torres Queiruga, homem que tem uma visão bonita da Teologia (...)” (Padre Fabio de Melo) ³

Isso retira a necessidade que temos da materialidade da ressurreição. Não importa que haja um corpo encontrado ou um corpo desaparecido. (...) O mais importante, e o que verdadeiramente pode mover o cristianismo no tempo, não está na prova material da ressurreição, mesmo porque não a temos.” (Pe. Fábio de Melo) ³b

Finalmente, segue abaixo o link onde o leitor poderá encontrar a Notificação dos Bispos Espanhóis contra os erros escandalosos do Padre Queiruga:


Maria Santíssima, rogai por nós!


Referências:
¹    -  Dom Redovino Rizzardo, cs - Bispo de Dourados – MS. Entre outros, muitos outros...
²   -   Conf. carta 2, página 15 do livro “Cartas entre amigos” do Pe. Fábio de Melo e Gabriel Chalita (novo peemedebista aliado de Dilma, abortista)
³   -   http://www.filhodoceu.com/2009/02/percebendo-acao-de-deus.html
³b - Conf. carta 2, página 15 do livro “Cartas entre amigos” do Pe. Fábio de Melo e Gabriel Chalita

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

HANS KÜNG: DESPREZO PELA IGREJA




Por Prof. Pedro Maria da Cruz


Teólogo do Vaticano II

Condecorado por maçons...

Afastado da Integridade da fé...

Já não pode ser considerado teólogo católico...


“Eu propus no meu livro uma série de terapias ecumênicas, a Igreja teria de (...) assumir sua responsabilidade social (...) a Inquisição deve ser finalmente abolida e as formas de repressão têm de ser eliminadas. (...) o casamento deve ser permitido a padres e bispos e os postos da Igreja devem ser abertos a mulheres.” (3) (Hans Küng em entrevista à Jürgen Zurheide)

“O padre Católico Hans Küng no momento proclama a maior de todas as heresias e não foi excomungado. Pelo contrário, em 18 de Maio de 2007 ele recebeu uma condecoração pública dos maçons. Nessa ocasião um Mestre Maçônico disse de Hans Küng: “O que você fala provêm de nossa alma maçônica”. (2) (Ordem de São Basílio Mágno)

“Hans Küng não só deixou de ser Católico, mas ele deixou de ser Cristão. Negando a Divindade de Cristo e O colocando no mesmo nível com Maomé ou Buda – isto não é mais ser cristão. (...) então ele é absolutamente escandaloso”. (3) (Radomir Maly)


Hans Küng na casa da Fundação
 Etos Mundial, Tubingen - Alemanha


SAGRADA CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ

DECLARAÇÃO
ACERCA DE ALGUNS PONTOS
DA DOUTRINA TEOLÓGICA
DO PROF. HANS KÜNG

“Como alguns escritos do sacerdote Professor Hans Küng, difundidos em tantos países, e a sua doutrina produzem perturbação na alma dos fiéis, os Bispos da Alemanha e a própria Congregação para a Doutrina da Fé, de comum acordo, repetidamente o aconselharam e admoestaram pretendendo levá-lo a exercer a sua actividade de teólogo em plena comunhão com o Magistério autêntico da Igreja.

Com tal espírito, a Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, cumprindo a sua missão de promover e tutelar a doutrina da fé e dos costumes na Igreja universal, com público documento de 15 de Fevereiro de 1975 declarou que algumas opiniões do Professor Hans Küng se opõem, em diversos graus, à doutrina da Igreja que todos os fiéis devem seguir. Entre elas indicou, como de maior importância, o dogma de fé na infalibilidade da Igreja e a missão de interpretar autenticamente o único depósito sagrado da palavra de Deus, confiado só ao Magistério vivo da Igreja, e também a consagração válida da Eucaristia.

Ao mesmo tempo esta Sagrada Congregação avisou o mencionado Professor que não continuasse a ensinar tais doutrinas, mantendo-se entretanto à espera de que ele harmonizasse as próprias opiniões com a doutrina do Magistério autêntico.Todavia nenhuma mudança houve até agora nas citadas opiniões.

Consta isto, em especial no que diz respeito à opinião, que põe peio menos em dúvida o dogma dá infalibilidade na Igreja ou o reduz a certa indefectibilidade fundamental da Igreja na verdade, com a possibilidade de erro nas doutrinas que o Magistério da Igreja ensina deverem ser cridas de maneira definitiva. Neste ponto Hans Küng nada se conformou com a doutrina do Magistério; pelo contrário, recentemente apresentou de novo, ainda mais expressamente, a sua opinião, embora esta Sagrada Congregação tivesse então afirmado que ela contradiz a doutrina definida pelo Concílio Vaticano I e depois confirmada pelo Concílio Vaticano II.

Além disso, as consequências de tal opinião, sobretudo o desprezo pelo Magistério da Igreja, encontram-se ainda noutras obras por ele publicadas, sem dúvida com detrimento de vários pontos essenciais de fé católica (por exemplo, os relativos a Cristo consubstancial com o Pai, e à Bem-aventurada Virgem Maria), pois é atribuído a esses pontos um significado diverso daquele que entendeu e entende a Igreja.

A Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, no documento de 1975, absteve-se, na altura, de nova acção quanto às mencionadas opiniões do Prof. Küng, presumindo que ele as viria a abandonar. Uma vez, porém que tal presunção já não se pode manter, esta Sagrada Congregação, em virtude do seu cargo, sente-se obrigada a declarar actualmente que o Professor Hans Küng se afastou, nos seus escritos, da integridade da verdade da fé católica, e portanto já não pode ser considerado teólogo católico nem pode, como tal, exercer o cargo de ensinar.
No decurso da Audiência concedida ao abaixo assinado Cardeal Prefeito, o Sumo Pontífice João Paulo II aprovou a presente Declaração, decidida na reunião ordinária desta Congregação, e ordenou que fosse publicada.”

Dado em Roma, na Sede da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, 15 de Dezembro de 1979.

Franjo Cardeal Šeper
Prefeito

(Grifos nossos)
Maria Santíssima, ora pro nobis!


(1) http://www.teleios.com.br/2011/hans-kung-teologo-alemao-questiona-beatificacao-de-joao-paulo-2%C2%B0/

(2) http://www.montfort.org.br/old/index.php?secao=veritas&subsecao=religiao&artigo=condecoracao-maconica-hans-kung&lang=bra

(3) http://www.montfort.org.br/old/index.php?secao=veritas&subsecao=religiao&artigo=condecoracao-maconica-hans-kung&lang=bra