quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

NOTA: SALA MÃE DO BOM CONSELHO!

Alguns dos que estiveram presentes à benção da Sala Mãe do Bom Conselho.

Pelo sr. João Soares de Oliveira Jr.

Dia 02 de dezembro de 2015 foi uma data histórica para a Sociedade da Santíssima Virgem Maria - SSVM, pois fora inaugurada a sala Mãe do Bom Conselho, localizada à rua Camilo Prates, prédio n. 271, sala 305, Montes Claros - MG.


Com a presença de membros e amigos da SSVM, além do ilustre e querido Pe. Henrique Munaiz - SJ, 85, foi dada a benção ao escritório, tal como aos quadros de Nossa Senhora do Bom Conselho de Genazzano e do pontífice reinante, o Papa Francisco.



O sacerdote abençoou o escritório
e os quadros ali presentes!
Com palavras edificantes, ao saber que era um dos títulos que invocamos como referência à patrona de nosso Apostolado, o padre recordou, entre um e outro de seus agradáveis comentários, que a expressão "Mãe do Bom Conselho" faz lembrança ao facto de que a Virgem Imaculada aconselhava o Filho Amado e era ao mesmo tempo por Ele  aconselhada. "Sede sempre marianos!", exortou o sacerdote!



E, não poderia faltar um brinde com um bom vinho nesta ocasião especialíssima!*

"Não poderia faltar um brinde com um bom vinho"
Na circunstância, os membros falaram sobre alguns do inúmeros livros presentes na sala (frutos também das doações de tantas almas generosas que se propõem a ajudar essa obra de Deus), e inclusive a respeito das motivações que nos levaram à aquisição da mesma, como, por exemplo, nossos Grupos de Estudos e o projeto de Incentivo à Leitura Devota. Fora ainda apresentado ao jesuíta o brasão da SSVM e seus ricos significados, explicitados pelo sr. Paulo Vinícius. 

Ainda, na agradabilíssima conversa durante o coquetel, fatos interessantíssimos foram contados pelo sacerdote sobre os primórdios de sua ordenação, sobre o amor ao papado, sobre Santa Tereza D´Ávila, Santo Inácio de Loyola e outros muitos personagens. Conhecemos, na oportunidade, fatinhos sobre a vida de alguns servos de Deus pertencentes à Companhia de Jesus, os quais Pe. Henrique teve a honra de conhecer pessoalmente.

 O espaço desde sua inauguração já proporcionou
 um ambiente aconchegante e acolhedor 
Por fim, foram tiradas algumas fotografias com todos os presentes neste maravilhoso evento.

Caríssimos amigos e benfeitores, desde já todos estão convidados a não apenas contribuir com a manutenção da sala que servirá ao bem de tantas almas, mas também a visitarem esse espaço de oração, convivência e formação católica: um ponto de referência dos projetos de nosso Apostolado.

Entrem em contato com algum dos membros para maiores detalhes.

*Brinde proposto pelo Reverendo Pe. Henrique: "Ao norte, ao sul, ao nascente, ao poente! Bendito seja Deus que dá de beber a tanta gente!"

Crédito das Fotos: Renato César Diniz.

MARIA SEMPRE!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

A PERVERSÃO DA LINGUAGEM - parte I

"Vamos começar_ tinham dito as Instruções secretas_
 a pôr em circulação os princípios humanitários"

Por monsenhor Henri Delassus.

O grande meio empregado para corromper as idéias foi perverter a linguagem.

Mons. Henri Delassus (1836-1921)
A Franco-maçonaria soube fazer adotar pelo público a palavra laicização no lugar de descristianização; secularização no lugar de separação entre a ordem religiosa e a ordem civil, na família e na sociedade; neutralidade escolar no lugar de ensino ateu; separação entre a Igreja e o Estado no lugar de ateísmo no governo e nas leis; denúncia da Concordata no lugar de espoliação da Igreja; [desafetação] no lugar de confisco; leis existentes no lugar de decretos arbitrários e ilegais; tolerância em lugar de licença dada aos piores erros etc, etc. 

Ela construiu as palavras clericalismo, inalienabilidade etc., espantalhos; seduções, como as palavras liberdade, igualdade, fraternidade, democracia etc. 
"São_ dizia Bonald_ expressões de sentido dúbio, nas quais as paixões encontram primeiro um sentido claro e preciso, sobre o qual a razão se esforça em vão para fazê- las voltar através de explicações tardias: as paixões atêm-se ao texto e rejeitam o comentário"1. 

"Apesar dos ensinamentos dados pela razão e da evidência produzida por nossas catástrofes_ diz Le Play_ essa fraseologia que embrutece fornece alimento diário às tendência revolucionárias encarnadas na nossa raça. Sob essa influência penetram cada vez mais, nas camadas inferiores da sociedade, o desprezo pela lei de Deus, o ódio às superioridades sociais e o espírito de revolta contra toda autoridade" 2. 

Mazzini não pensava diferentemente de Le Play sobre esse ponto. Dizia: "As discussões eruditas não são nem necessárias, nem oportunas. Há palavras regeneradoras3 que contêm tudo o que é necessário repetir freqüentemente ao povo: liberdade, direitos do homem, progresso, igualdade, fraternidade. Eis o que o povo compreenderá, sobretudo quando opusermos a estas as palavras despotismo, privilégios, tirania etc". 



O sentido inteiro das palavras liberdade, igualdade, progresso, espírito moderno, ciência etc., que reaparecem sem cessar nos discursos e nos artigos dos políticos e nas profissões de fé dos candidatos patrocinados pelas lojas, é revolução, destruição da ordem social, retorno ao estado de natureza pelo desaparecimento de toda autoridade que limite a liberdade, destruição de toda hierarquia, que rompe a igualdade, e o estabelecimento de uma ordem de coisas, através da fraternidade, em que todos os direitos e todos os bens serão comuns. Os iniciados, ao pronunciarem essas palavras, sabem que estão anunciando um programa contra as leis de Deus e seus representantes na terra, que estão exprimindo o conceito de estado social cuja fórmula foi dada por J.-J. Rousseau. Os outros, repetindo-as após eles, tolamente, preparam para a aceitação desse estado social aqueles que a Franco-maçonaria não poderia atingir diretamente.4 



Na Revolução Francesa a
perversão da linguagem foi aplicada na prática
Que é a direção suprema da Franco-maçonaria quem escolhe essas palavras, que as lança e que encarrega seus adeptos de propagá-las, não há a menor dúvida. "Vamos começar_ tinham dito as Instruções secretas_ a pôr em circulação os princípios humanitários". Reformas, melhoramentos, progresso, república fraterna, harmonia da humanidade, regeneração universal: todas essas palavras enganosas são lidas nas Instruções. Picollo-Tigre fá-las seguir destas: "A felicidade da igualdade social" e "os grandes princìpios da liberdade". Nubius acrescenta: "A injusta repartição dos bens e das honras". Resumindo tudo, Gaétan regozija-se de ver o mundo lançado no caminho da democracia. 


No relatório do 3° Congresso das Lojas do Leste, em Nancy, 1822, lê-se: "Nos últimos graus (os mais altos da hierarquia maçônica), está condensado um trabalho maçônico universal de uma grande profundidade. Não seria desses cumes que nos chegam as palavras misteriosas que, partidas não se sabe de onde, atravessam às vezes as multidões em meio a um grande convulsão, e as levanta para a felicidade (!) da humanidade?" 

É de notar que a maçonaria se serviu da língua francesa para forjar suas fórmulas revolucionárias. Isto não escapou a de Maistre, que tão bem conheceu o poder misterioso de nossa língua. Na terceira das Lettres d’un royaliste savoisien à ses compatriotes, escritas nos dias da Revolução, ele diz: "O reinado dessa língua não pode ser contestado. Esse império jamais foi tão evidente e jamais será mais fatal do que no momento presente. Uma brochra alemã, inglesa, italiana etc., sobre os Direitos do Homem, divertiria, quando muito, um camareiro do país: escrita em francês, ela sublevará num piscar de olhos todas as forças do universo"5. 


Notas e Referências do autor:



1- Bonald, no Instituto Nacional, sessão de 29 de junho de 1805. Monsenhor Darbois, arcebispo de Paris, refém, lembrava, aos que o levavam ao paredão, que ele sempre defendera a liberdade. Um dos seus executores respondeu-lhe: ―Cala-te! Dane-se a paz. Tua liberdade não é a nossa!‖ 


2- Réforme Sociale, t. IV, p. 29. 



3- Palavras que podem servir para operar a regeneração da sociedade no sentido maçônico. 



4- O Universo, no seu número de 13 de setembro de 1902, mencionava que na anterior peregrinação dos franceses a Roma, Harmel, no brinde quue pronunciou em Sainte-Marthe, exclamou: ―Somos servidores apaixonados da liberdade, — sim, servidores apaixonados da liberdade, prontos a dar nossa vida e a derramar nosso sangue pela causa sagrada da liberdade!‖ A liberdade para que as almas possam ir a Deus, seu fim último, sem entraves, muito bem. Mas foi assim que entenderam os ouvintes de Harmel, foi mesmo essa liberdade que ele pretendia ver aclamada? Uma palavra de explicação não teria sido inútil, no dia seguinte àquele em que o chefe dos democratas cristãos da Itália foi condenado por seu discurso: Liberdade e Cristianismo. 



5- Œuvres Complètes, t VII, pp. 139-140. 

**********************************************


Fonte: Livro A Conjuração Anticristã - Tomo II, Cap. XXXV - A perversão das Idéias; por Monsenhor Henri Delassus. IMPRIMATUR Cameraci, die 12 Novembris 1910. A. MASSART, vic. gen. Domus Pontificiae Antistes. 

Disponível emhttp://www.salverainha.com.br/downloads/Monsenhor_HENRI_DELASSUS-II.pdf